singles ao longo dos anos

letras

[10 de julho de 2025] 🇮🇹 italia
[verso 1]
Dizem que sonhos morrem depressa
Isso é porque não me conhecem
Quando meto algo na cabeça
Tipo ir a Itália ou até Veneza

Eu era novo quando tive esta ideia
Nos tempos do "fecha a torneira"
"Pode ser que o puto se esqueça"
Tive de esperar p'la minha boleia

O tempo passa lento hey
Será que está na hora?
Mais um passo em frente hey
Porquê tanta demora?

Quando é que chega o dia?
De ser feliz na vida
O meu mundo mudou,
Quando finalmente conheci-a

[pré-refrão]
Juntos há três anos ou quatro
Assinámos este contrato
Itália feita de carro
E com sorte levamos o gato

Sul a norte, não há como errar
Céu aberto, podemos sonhar
Não perco o meu chão agora
Apenas o começo, allora!

[refrão]
Com o plano feito, vem viver esta viagem
Digo-te o que sinto, ao pôr-do-sol na outra margem
De sul a norte, sem nunca cair da escada
Estátuas e museus, com o meu futuro em Itália

Com o plano feito, vem viver esta viagem
Digo-te o que sinto, ao pôr-do-sol na outra margem
De sul a norte, sem nunca cair da escada
Estátuas e museus, com o meu futuro em Itália

[pós-refrão]
Sentei-me ao teu lado
Perdi-me no teu abraço
Destino, um acaso
Yeah yeah yeah yeah yeah yeah

[verso 2]
Pelo mármore tentei, partir-me naquilo que sou
E a tua mão é mais que óbvia no processo
Não queria que fosse doutra forma, sou sincero
Mais um desenho, mais uma frase no meu caderno

É mais um traço, mais uma linha, a tua voz, que eu espero
Manter comigo, o que quer que seja ser eterno
Não sei ao certo o amanhã que vem no baú
Mas tudo bem, tudo ok, não há ninguém como tu

[pré-refrão]
Juntos há três anos ou quatro
Assinámos este contrato
Itália feita de carro
E com sorte levamos o gato

Sul a norte, não há como errar
Céu aberto, podemos sonhar
Não perco o meu chão agora
Apenas o começo, allora!

[refrão]
Com o plano feito, vem viver esta viagem
Digo-te o que sinto, ao pôr-do-sol na outra margem
De sul a norte, sem nunca cair da escada
Estátuas e museus, com o meu futuro em Itália

Com o plano feito, vem viver esta viagem
Digo-te o que sinto, ao pôr-do-sol na outra margem
De sul a norte, sem nunca cair da escada
Estátuas e museus, com o meu futuro em Itália

[pós-refrão]
Sentei-me ao teu lado
Perdi-me no teu abraço
Destino, um acaso
Yeah yeah yeah yeah yeah yeah

[bridge]
Preto, dourado, as ondas do lago
Pé na parede, da gôndola, não escapo
Um pouco à deriva, estou isolado
Juro que não é meme, isto é mais que sério
Juro que não é meme, isto é mais que sério

[refrão]
Com o plano feito, vem viver esta viagem
Digo-te o que sinto, ao pôr-do-sol na outra margem
De sul a norte, sem nunca cair da escada
Estátuas e museus, com o meu futuro em Itália

Com o plano feito, vem viver esta viagem
Digo-te o que sinto, ao pôr-do-sol na outra margem
De sul a norte, sem nunca cair da escada
Estátuas e museus, com o meu futuro em Itália
[16 de dezembro] 🧣 cachecol
[verso 1] 
O tempo gela, e eu fico bem
Hmm… sei que tou do avesso
O ano inteiro estive a pensar além ya
Sempre assim, eu já conheço

P’lo meio da chuva não vi ninguém
Hmm… mas nem sequer tentei
Aquilo que disse ao início foi
Embrulhado, um presente que não lembrei

O fresco na cara, que brisa louvada
Com alguma sorte ainda vejo geada
Só gostava de um pouco de neve
Mesmo sendo por um momento breve

Lareira ligada (se eu a tivesse)
A manta pousada (que o gato aquece)
Estrelas cadentes, eu peço um desejo
Manter a estação, aí eu festejo

[refrão]
O ano passa, nem parece que é Natal
Mas estes sinos dão-lhe um tom mais especial
A velocidade tão normal do dia-a-dia
Quase largo o meu cachecol na correria

O ano passa, nem parece que é Natal
Mas estes sinos dão-lhe um tom mais especial
A velocidade tão normal do dia-a-dia
Quase largo o meu cachecol na correria

[verso 2]
Mais um ano, mais um ano
Pergunto o que fiz, qual o meu plano?
Escrevi umas notas com tanta esperança
De as ver cumpridas na queda do pano

Não posso dizer que estou lá
Tantas voltas, voltei, estou parado
Tanta corda, segredo fechado
Sem progresso e está tudo igual

Só queria que o mesmo aplicasse ao Natal
Tudo tão simples com luzes brilhantes
Ver estas cores como as via d’antes
Tirar uma concha de sopa do tacho

Mas há arroz doce, tu deixa algum espaço
Vou pró sofá e aí relaxo
O cheiro a canela, que tão bem me abraça
E sabe tão bem, voltar a casa

[refrão]
O ano passa, nem parece que é Natal
Mas estes sinos dão-lhe um tom mais especial
A velocidade tão normal do dia-a-dia
Quase largo o meu cachecol na correria

O ano passa, nem parece que é Natal
Mas estes sinos dão-lhe um tom mais especial
A velocidade tão normal do dia-a-dia
Quase largo o meu cachecol na correria

[bridge]
Paro e respiro por um momento
Setembro, outubro, novembro, dezembro
Na rua ouço o vento, p’la janela ouço o vento
Vinte e sete são muitos, um pouco confuso, mas ainda me lembro

[refrão]
O ano passa, nem parece que é Natal
Mas estes sinos dão-lhe um tom mais especial
A velocidade tão normal do dia-a-dia
Quase largo o meu cachecol na correria

O ano passa, nem parece que é Natal
Mas estes sinos dão-lhe um tom mais especial
A velocidade tão normal do dia-a-dia
Quase largo o meu cachecol na correria
[3 de dezembro de 2023] 🧦🧶 meias de lã
[verso 1]
Vento frio, chove a potes, estamos em dezembro
Luzes estão montadas pelas ruas, novas como sempre
Pantufas bem quentinhas, com um chá a condizer
E o que tudo isto indica é que o Natal está pra aparecer

Pequenas melodias, viagem ao passado
Memórias não esquecidas, é tanto entusiasmo
Que dormir não é possível, tentar não vale a pena
Meia noite está à porta, espera só mais um bocado

[pré-refrão]
O tempo nunca pára, tudo tão diferente
Já nada é o que era antes
Nem sequer há neve, o chá ficou frio
Quero voltar pra casa, sinto-me vazio

[refrão]
A janela está fria, sinto os dedos gelar
As velas estão acesas, já as ouço queimar
Meias de lã, não sinto o chão
No fim do calendário, dá me a tua mão

A janela está fria, sinto os dedos gelar
As velas estão acesas, já as ouço queimar
Meias de lã, não sinto o chão
No fim do calendário, dá me a tua mão

[verso 2]
Então agora tenho vinte, vinte cinco, vinte seis
Esperar p’lo pai Natal não faz diferença, eu é que o sou
Participo sem vontade, aquisições descontroladas
Sob a possibilidade de ser julgado, olhado de lado

Não só isso, disse adeus aos meus avós a pouco e pouco
Saudades deles todos, sem a avó nem faz sentido
Sou egoísta, eu sei, por mim ficavas neste mundo
Mas estavas dividida e cansada, espera um segundo

[pré-refrão]
O tempo nunca pára, tudo tão diferente
Já nada é o que era antes
Nem sequer há neve, o chá ficou frio
Quero voltar pra casa, sinto-me vazio

[refrão]
A janela está fria, sinto os dedos gelar
As velas estão acesas, já as ouço queimar
Meias de lã, não sinto o chão
No fim do calendário, dá me a tua mão

A janela está fria, sinto os dedos gelar
As velas estão acesas, já as ouço queimar
Meias de lã, não sinto o chão
No fim do calendário, dá me a tua mão

[bridge]
Mudança, mudança, mudança,
Não percas o pé nesta dança
Tens muito pra ver, ainda és tão novo
Liga a lareira, aproveita e descansa

Mudança, mudança, mudança,
Não percas o pé nesta dança
Tens muito pra ver, ainda és tão novo
Liga a lareira, aproveita e descansa

[refrão]
A janela está fria, sinto os dedos gelar
As velas estão acesas, já as ouço queimar
Meias de lã, não sinto o chão
No fim do calendário, dá me a tua mão

A janela está fria, sinto os dedos gelar
As velas estão acesas, já as ouço queimar
Meias de lã, não sinto o chão
No fim do calendário, dá me a tua mão
[1 de junho de 2023] IDENTIDADE (feat. jamar, guinotgu, Parker)
[verso 1]
sou o que quero quando tenho vontade
Perco-me no meio, desprendo a saudade
Sou limitado mentalidade,
Talvez a idade me faz perguntar

O que sou atualmente?
Penso mesmo atualmente?
Tudo aquilo que me prende
Talvez dos outros depende?

A ideia que sou uma série de ideias
Tuas e minhas, novas e velhas,
Algumas passadas, outras nem tanto
Pensando assim, perde o encanto

Canto um conto sempre que posso
Pouco a pouco crio um fosso
Mal não sou eu mas pouco importa
Sinto um fio, fecham-me a porta

Metem-me numa caixa, mudo de nome
Tanto o fazem talvez mereço,
Tanto o fazem talvez mereço
Onde é que pertenço? Onde é que pertenço?

Nunca soube responder,
Não me consigo ver,
Enquanto aqui estiver
Nunca hei de saber

[refrão]
Eu e tu, que somos tu e eu?
Partidos em pedaços já não sei aquilo que é meu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu

Eu e tu, que somos tu e eu?
Partidos em pedaços já não sei aquilo que é meu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu

[verso 2] (jamar)
Não tenho ghost writer, isto é mesmo só meu
Mas se tivesse um ghost writer teria mesmo de ser Deus
Ou então o ghost rider, talvez até Perseus
Mas enquanto estou indeciso, fico mesmo só eu

Mais uma vez acordado sem ninguém do meu lado
Mais uma noite louca atrás do meu legado
Só puxaram por mim, sou um gajo sossegado
Sempre perdido por aí, confuso ao quadrado

E sei que sou um livro aberto, que eu ainda não li
Conhecer-me página a página, ainda não conheci
Perceber todos os verbos que foram exercidos
Nomes, sinónimos, adjectivos, com duplos sentidos

Tentei levantar voo, com toda a speed (SUI)
Então escrevi um som, para ver como é que flui
Mas eu não sei quem sou, não sei como dilui
Nem sei para onde vou, mas mesmo assim fui

[refrão]
Eu e tu, que somos tu e eu?
Partidos em pedaços já não sei aquilo que é meu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu

Eu e tu, que somos tu e eu?
Partidos em pedaços já não sei aquilo que é meu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu

[verso 3] (guinotgu)
Não ponho os pés na city, porque ainda não tenho o espírito
Posso ser um peixe parvo, mas não fazem de mim sashimi
Que se lixe o bag, nele só trago o meaning,
De ver por onde isto der, vou postar o meu físico

Agora acho cíclico, o facto de não me controlar
É clínico, como eu digo, tenho que abrandar
Mas real G's não perdem tempo a pensar
É agir e fazer para um dia alcançar

No meu peito eu trago pêlo, mas da caixa saem flows
No meu crânio levo selos, mas no restou eu tou a pô-los
Tantos shots bem tirados que nem sei onde meter os rolos
Tive que virar digital, mas nem no FIFA eu marco golos

Até tou flawless, mas não sou visionário
Sou tipo Xutos e Pontapés sem ter tido o "Mundo ao Contrário"
Sou uma larva sem cadáver, sou um churrasco sem lume
Até posso ser uma lástima, mas vou sê-lo até ao cume

[refrão]
Eu e tu, que somos tu e eu?
Partidos em pedaços já não sei aquilo que é meu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu

Eu e tu, que somos tu e eu?
Partidos em pedaços já não sei aquilo que é meu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu
Jogo, lanço os dados vamos ver no que é que deu

[verso 4] (Parker)
Só mais um poema torto, só mais um poeta morto,
Mesmo assim, endireito o que resta do conforto que eu
Tenho por direito, minha mente estava em escombros
Não aguentas nas mãos o peso que tenho nos ombros

Só te digo, tira de cima a tua mania
Quando tenho dúvida eu penso no que eu faria
Tou em Nirvana, barbudo, pareço eremita
Nem fui muito longe, numa gruta em Sesimbra

Encostas-te a mim, pego em ti, meto-te em linha
Só malucos aqui, para lá caminho também
Fazer pazes com isso, calmo e focado, concentrado
Não ligo para diz que disse

Não tou vestido como artista, mas deslizo com o meu piso
Muitos que encontro não merecem o meu diss
Moscas pedem cenas, sou o rei desta merda
Não tou horsing around, sóbrio dessa keta

Teço palavras como teias, remeto meu epíteto
Vou até ao núcleo para que o nectar verta
Sou fiel, humildade,
Cultivo minha identidade